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terça-feira, maio 29, 2012

COMO LULA TENTOU CONSTRANGER GILMAR MENDES

Desde que deixou o governo, o ex-presidente Lula se empenha em apagar da história o capítulo do mensalão, o esquema de compra de apoio parlamentar criado pelos petistas para ganhar a simpatia de parlamentares e abastecer as campanhas políticas do PT e de aliados com dinheiro sujo. Durante algum tempo, Lula repetiu a tese de que o mensalão não passou de caixa dois, que, na visão dele, seria um crime menor e corriqueiro na política brasileira. Mais recentemente, porém, Lula abandonou a tese do caixa dois e se entregou à pregação messiânica de que o mensalão foi uma grande farsa tramada contra ele por setores da oposição e da imprensa.
O esforço para reescrever a história é tão grande que o ex-presidente patrocinou a criação da CPI do Cachoeira, estabelecendo como objetivo explícito criar um fato novo capaz de enfumaçar o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essas estratégias são conhecidas. A novidade é que, como elas não surtiram o efeito desejado, entrou em pauta um plano B, um conjunto de ações temerárias que consistem na abordagem direta ou indireta dos ministros do STF. Lula tomou para si essa missão.
Enquanto foi presidente da República, Lula indicou seis dos atuais onze ministros do STF que julgarão os 36 réus do mensalão — entre eles o deputado cassado José Dirceu, grão-petista apontado como "chefe da organização criminosa" pela Procuradoria-Geral da República. Em conversas diretas ou por intermédio de interlocutores, Lula cobra dos ministros o adiamento do início do julgamento, o que significaria a prescrição de muitos dos crimes. Nessa sua cruzada, o ex-presidente da República põe todo o peso de sua influência, mas arrisca-se a perder parte de seu prestígio.
Há um mês, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília. O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois. Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava e disse a Gilmar: "É inconveniente julgar esse processo agora". O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1 000 prefeituras nas urnas.
INDECOROSO E ARROGANTE
Para espíritos mais sensíveis, Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse de seu partido. Mas vá lá. Até aí estaria tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana. Mas o ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento. Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula, magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações. O recado foi decodificado. Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, ele seria blindado na CPI. Decupando a cena, o que se tem é um ex-presidente oferecendo salvo-conduto a um ministro da mais alta corte do país, como se o Brasil fosse uma nação de beduínos do século XIX com sua sorte entregue aos humores de um califa. "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", disse Gilmar Mendes a VEJA. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evitar a prescrição dos crimes.
A certa altura da conversa com Mendes, Lula perguntou: "E a viagem a Berlim?". Ele se referia a boatos de que o ministro e o senador Demóstenes Torres teriam viajado para a Alemanha à custa de Carlos Cachoeira e usado um avião cedido pelo contraventor. Em resposta, o ministro confirmou o encontro com o senador em Berlim, mas disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar a origem dos recursos. "Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá", disse Gilmar, que, sentindo-se constrangido, desabafou com ex-presidente: "Vá fundo na CPI". O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União. Clique AQUI para continuar lendo a reportagem na íntegra!

9 comentários:

Atha disse...

Jornalista Amaury Ribeiro Jr. é indiciado por 4 crimes pela Polícia Federal.

Amaury Abauly, é o personage que fez ajuda ou Judas para Digma Dilma. Para conseguir se deziderato, invadi que nem Vadio a privacidade do Serra. Para acabá com serviço, grafô um Livro "A Privataria".

O jornalista Amaury Ribeiro Júnior foi indiciado nesta segunda, 25, pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e por dar ou oferecer dinheiro ou vantagem à testemunha. Amaury prestou depoimento na superintendência da Polícia Federal em Brasília, das 10h30 às 17h de hoje, ao delegado Hugo Uruguai, que comanda investigação sobre a violação do sigilo fiscal de vários dirigentes do PSDB e de pessoas ligadas aos tucanos, entre eles, Verônica Serra, filha do candidato à presidência da República, José Serra.

O jornalista é suspeito de ter encomendado e pago a terceiros pela invasão desse sigilo em computadores da Receita Federal. Amaury Júnior ratificou as informações já dadas por ele à Polícia Federal, mas silenciou diante das novas perguntas feitas hoje pelo delegado.

Existem algumas dúvidas a serem esclarecidas sobre as primeiras informações prestadas pelo jornalista como, por exemplo, a fonte dos R$ 12 mil que ele teria pago ao despachante Dirceu Garcia, de São Paulo, em outubro de 2009 para a obtenção ilegal dos dados, e de R$ 5 mil que foram pagos depois como “cala-boca” para o despachante.

Em nota, Amaury Júnior havia negado as acusações e afirmou que “jamais pagaria pela obtenção de dados fiscais sigilosos de qualquer cidadão”. O advogado do jornalista, Adriano Bretas, disse que deve falar com a imprensa logo mais. Bretas e Amaury Júnior até o momento da reportagem, ainda estão no prédio da Superintendência da Polícia Federal.

O PT, combanheros e combanheras começa a dezabá, o proximo pode ser o Santo Ibazio Inázio Inácio da Sílaba.

Rose FL disse...

Rui Falcão convocando a militância para defender Lula
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=8pSrXCrU7Bg

Atha disse...

Mendes diz que 'bandidos' plantam boatos contra ele para atingir STF
Ministro vê 'armação' contra STF antes do julgamento do mensalão.
Segundo ele, Lula faz papel de 'central de divulgação' dessas informações.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou na tarde desta terça-feira (29) que "gângsters" e "bandidos" estão plantando informações contra ele com o objetivo de atingir o Supremo Tribunal Federal. (Ao lado, ouça a primeira parte da entrevista dada por ele ao sair de uma sala no Supremo; em instantes, ouça a íntegra; abaixo, leia a íntegra da primeira parte da entrevista ao G1).

Segundo Mendes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era uma "central de divulgação" dessas informações. O G1 consultou a assessoria de Lula, que informou que o ex-presidente não comentará as declarações.

Blog Católico do Leniéverson disse...

Prisão para o Lula, Já!

Anônimo disse...

Esse vagabundo tem que levar um par de algemas!

Lou

Anônimo disse...

Será que os políticos, aliados ou não desse governo não percebem que estão cavando a própria sepultura? E que, segundo a trajetória que está sendo percorrida, logo teremos um governo de um só poder? Estão pagando para ver? Cagliostro

Anônimo disse...

Em qualquer país que MEREÇA ESSE TERMO, ERA PARA O MINISTRO DO SUPREMO TER DADO VOZ DE PRISÃO A ESSE FALASTRÃO VAGABUNDO. Mas não é o que ocorre nessa grande fossa podre que vivemos.

Anônimo disse...

Acredito que se o Ministro Gilmar Mendes tivesse dado voz de prisão ao escroto canceroso que ainda se acha presidente e a dilmônia o homenageou hoje, referindo-se ao ex como "o presidente lula", o povim tosco e burro condenaria o Ministro Gilmar Mendes. Gilmar Mendes fez bem em denunciar a trama dos bandidos do pt, verdadeiros gâgnsters que infectaram e nos roubam e matam todos os dias. Muito engraçado é o lulaladrão que "enricou" no poder, viaja para cima e para baixo em aviões dos bandidos e teve o despautério de inventar na cara do Ministro Gilmar Mendes sobre a viagem de Gilmar à Berlim, fazendo insinuações mentirosas? Admiro o Ministro Gilmar por ter denunciado a manobra ardilosa da bandidadem petralha e base alugada em melar o mensalão criando a CPI do Cachoeira, mas que na verdade é do apedelta = lula + delta, o pai do pac empacado e que continua com a dilmônia mãe do pac empacado que está desviando a rodo o dinheiro público.

Atha disse...

Revista Free São Paulo - "Muito além da Morte".

PT processa revista gratuita por 'festival de difamações'.

Reportagem de capa da trata morte de Celso Daniel como pano de fundo para corrupção na legenda; diretor da revista nega a acusação.

O diretório estadual do PT comunicou nesta quinta-feira, 31, que entrará com uma representação contra a revista Free São Paulo por suposta difamação e calúnia veiculadas na matéria de capa da última edição, cujo título é "Muito além da morte".

A reportagem trata a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), assassinado em 2002, como pano de fundo para encobrir esquemas de corrupção que, segundo a revista, manteriam o PT no poder até os dias de hoje.

Em nota, o PT reitera que "denúncias envolvendo o nome do Partido são infundadas e todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas para que os responsáveis respondam pelo festival de calúnias e difamações".

A revista semanal, com tiragem de 100 mil exemplares, é distribuída gratuitamente nos metrôs de São Paulo - equipamento da coordenação do PSDB, do governo estadual, desde 2005. Líderes do PT suspeitam que a revista tenha vínculos com os tucanos.

O diretor de redação da Free São Paulo, Ernesto Zanon, negou às acusações feitas sobre o material, por "se basearem em fatos, em depoimentos", dentre eles até o do promotor de justiça, Márcio Friggi, titular do caso Celso Daniel. Ele também negou qualquer vínculo partidário com o PSDB.