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quinta-feira, setembro 27, 2012

A TEORIA POLÍTICA DA CORRUPÇÃO

Imagem colhida das redes sociais. Com o devido respeito ao animal, que age apenas pelos instintos que a natureza lhe deu. Todavia serve apenas para simbolizar os brasileiros do futuro, amestrados pelo PT, prontos para serem cangados.
O sociólogo Demétrio Magnoli, uma das poucas vozes da intelectualidade brasileira - é professor da USP - que costuma destoar de seus pares acadêmicos, a maioria constituída de esbirros do PT e seus satélites. Magnoli também é dos poucos intelectuais foi além dos manuais do marxismo e sabe, portanto, diferenciar aquilo que é delírio esquerdopata ou oportunismo rasteiro ou o que é realmente afirmações que se baseiam nos postulados da ciência e que portanto têm de passar pela verificação da prova.

Neste artigo, cujo título original é o mesmo deste post, e publicado no site do jornal O Globo, Magnoli faz picadinho de um festejado "intelectual", o sociólogo Wanderley Guilherme dos Santos, que teoriza para legitimar as ignomínias de Lula, do PT e seus sequazes. 

Recomendo que leiam e postem em suas redes sociais o artigo do professor Demétrio Magnoli, que pega o bicho pelo pescoço e lhe mete boca a baixo  as lições de um dos maiores filósofos da ciência, Carl Popper, infelizmente marginalizado nas nossas universidades patrulhadas pela escumalha esquerdista da academia que promove a lavagem cerebral dos estudantes transformandos em robôs idiotizados pelo marxismo. 

O resultado já se pode aferir: há uma malta de vítimas dessa vagabundagem do PT ascendendo à vida profissional. Lá diante estarão em posições importantes com parlamentares, juízes, ministros do Supremo, jornalistas e, quiçá, presidentes da República. Aí então reproduzirão, ou melhor, já reproduzem, essa visão torta da realidade, capaz de afirmar que o julgamento do deletério crime do mensalão é um "golpe das elites". A mentira então passa a ser o norte da Nação.

Leiam: 

Nos idos de 2005, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos formulou o discurso adotado pelo PT face ao escândalo do mensalão. O noticiário, ensinou, constituiria uma tentativa de “golpe das elites” contra o “governo popular” de Lula. Ano passado, o autor da tese assumiu a presidência da Casa de Rui Barbosa, cargo de confiança subordinado ao Ministério da Cultura. É nessa condição que, em entrevista ao jornal “Valor” (21/9), ele reativa sua linha de montagem de discursos “científicos” adaptados às conveniências do lulismo. Dessa vez, para crismar o julgamento do mensalão como “julgamento de exceção” conduzido por uma corte “pré-democrática”.

A entrevista diz alguma coisa sobre o jornalismo do “Valor”. As perguntas não são indagações, no sentido preciso do termo, mas introduções propícias à exposição da tese do entrevistado — como se (oh, não, impossível!) jornalista e intelectual engajado preparassem o texto a quatro mãos. Mas a peça diz uma coisa mais importante sobre o tema do compromisso entre os intelectuais e o poder: o discurso científico sucumbe no pântano da fraude quando é rebaixado ao estatuto de ferramenta política de ocasião. Os ministros do STF narraram uma história de apropriação criminosa de recursos públicos e de fabricação de empréstimos fraudulentos pela direção do PT, que se utilizou para tanto das prerrogativas de quem detém o poder de Estado. Wanderley Guilherme, contudo, transita em universo paralelo, circundando o tema da origem do dinheiro e repetindo a versão desmoralizada da defesa. “O que os ministros expuseram até agora é a intimidade do caixa 2 de campanhas eleitorais (...). Isso eles se recusam a discutir, como se o que eles estão julgando não fosse algo comum (...), como se fosse algum projeto maligno.”

Wanderley Guilherme não parece incomodado com a condenação dos operadores financeiros do esquema, mas interpreta os veredictos dos ministros contra os operadores políticos (ou seja: os dirigentes do PT) como frutos de um “desprezo aristocrático” à “política profissional”. O dinheiro desviado serviu para construir uma coalizão governista destituída de um mínimo de consenso político, explicou a maioria do STF. O cientista político, porém, atribui o diagnóstico a uma natureza “pré-democrática” de juízes incapazes de compreender tanto os defeitos da legislação eleitoral brasileira quanto o funcionamento dos “sistemas de representação proporcional”, que “são governados por coalizões das mais variadas”.

O núcleo do argumento serviria para a defesa de todo e qualquer “mensalão”. Os acusados tucanos do “mensalão mineiro” e os acusados do DEM do “mensalão de Brasília” estão tão amparados quanto os petistas por uma concepção da “política profissional” que invoca a democracia para justificar a fraude do sistema de representação popular e qualifica como aristocráticos os esforços para separar a esfera pública da esfera privada. A teoria política da corrupção formulada pelo intelectual deve ser lida como um manifesto em defesa de privilégios de impunidade judicial do conjunto da elite política brasileira.

Mas, obviamente, o argumento perde a força persuasiva se for lido como aquilo que, de fato, é. Para ocultar seu sentido, conferindo à obra uma coloração “progressista”, Wanderley Guilherme acrescenta-lhe uma camada de tinta fresca. A insurreição “aristocrática” do STF contra a “política democrática” derivaria da rejeição a uma novidade histórica: a irrupção da “política popular de mobilização”, representada pelo PT. A corte suprema estaria “reagindo à democracia em ação” por meio de um “julgamento de exceção”, um evento singular que “jamais vai acontecer de novo”.

É nesse ponto do raciocínio que a teoria política da corrupção se transforma na corrupção da teoria política. Uma regra inviolável do discurso científico, explicou Karl Popper, é a exigência de consistência interna. Um discurso só tem estatuto científico se está aberto a argumentos racionais contrários.

Quando apela à profecia de que os tribunais não julgarão outros casos com base na jurisprudência estabelecida nos veredictos do mensalão, Wanderley Guilherme embrenha-se pela vereda da fraude científica. A sua hipótese sobre o futuro — que, logicamente, não pode ser confirmada ou falseada — impede a aplicação do teste de Popper.

Há duas leituras contrastantes, ambas coerentes, sobre o “mensalão do PT”. A primeira acusa o partido de agir “como os outros”, entregando-se às práticas convencionais da tradição patrimonial brasileira e levando-as a consequências extremas. O diagnóstico, uma “crítica pela esquerda”, interpreta o extenso arco de alianças organizado pelo lulismo como fonte de corrupção e atestado da falência da natureza transformadora do PT. A segunda acusa o partido de operar, sob o impulso de um projeto de poder autoritário, com a finalidade de quebrar os contrapesos parlamentares ao Executivo e perpetuar-se no governo. 

A “crítica pela direita” distingue o “mensalão do PT” de outros casos de corrupção política, enfatizando o caráter centralizado e as metas de longo prazo do conjunto da operação.

A leitura corrompida de Wanderley Guilherme forma uma curiosa alternativa às duas interpretações. Seu núcleo é uma celebração da corrupção inerente à política patrimonial tradicional, que seria a “política profissional” nos “sistemas de representação proporcional”. Seu verniz aparente, por outro lado, é um elogio exclusivo da corrupção petista, que expressaria a “irrupção da política de mobilização popular” e a “democracia em ação”. Na fronteira onde o pensamento acadêmico se conecta com a empulhação militante, o paradoxo pode até ser batizado como dialética. Contudo, mais apropriado é reconhecê-lo como um reflexo especular da fotografia na qual Paulo Maluf e Lula da Silva reelaboram os significados dos termos “direita” e “esquerda”. Do site do jornal O Globo

3 comentários:

Alexandre, The Great disse...

E pensar que para alcançar meu título, na UFF, tive de ler inúmeras "obras" deste autor citado por Magnoli... blééé

Atha disse...

Enquanto corrompem a Teolia Teoria, uma dita Talita segura o rosto do Serra e manda dois Beijaços.

Uma eleitora beijou duas vezes a boca do candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, durante uma caminhada na região do Bom Retiro, no centro da capital paulista, nesta quinta-feira, 27.

Quando Serra conversava com funcionárias de uma loja, a vendedora Talita Santos Coelho, de 23 anos, segurou o rosto de Serra com as mãos e deu o primeiro beijo. Serra se assustou e Talita o beijou novamente.

Veja foto no Estadão

Anônimo disse...

Lula nunca teve um governo popular, já que nunca teve 87% de aprovação. Tudo não passou de uma construção, no imaginário do povo. Logo, seu mito nunca foi real, foi apenas uma imagem holográfica no espelho. Como o espelho quebrou a imagem desapareceu...