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sábado, dezembro 29, 2012

CAMARILHA COMUNISTA CHINESA TEM OS MESMOS PRIVILÉGIOS DAS ARISTROCRACIAS MONÁRQUICAS

Parente de Zhou Enlai, ex-premier chinês, recebe auxílio para chegar a restaurante em Beidaihe, luxuoso balneário onde a elite do Partido Comunista se reúne - The New York Times/O Globo
Na China comunista pós-Mao Tsé-tung, uns são mais iguais que outros. Levantamento divulgado pela agência Bloomberg mostra que um grupo de 103 pessoas formado por descendentes dos chamados Oito Imortais — os líderes que comandaram a abertura do país ao capitalismo — constitui uma elite cujos privilégios e costumes remetem às aristocracias monárquicas, num misto de poder e dinheiro que gerou um estilo de vida inimaginável para o cidadão médio chinês.

Quase sempre colocando o Estado a seu serviço, esta restrita rede continua a se valer de suas conexões para acumular ainda mais influência e bens. Desta estrutura nasceram os chamados “principezinhos”, descendentes dos Imortais que ocupam postos-chave dentro e fora da burocracia de Pequim. É diante deste panorama que as tensões populares resultantes da grande desigualdade em território chinês ganharam em força e frequência nos últimos anos, no maior desafio para o futuro presidente, Xi Jinping.

Entre os Oito Imortais se destacam Deng Xiaoping, líder político da China entre 1978 e 1992, o grande arquiteto das mudanças que abriram a economia do país e contribuíram para a redução da pobreza; Bo Yibo, vice-premier durante quatro mandatos e pai de Bo Xilai, expulso da cúpula do Partido Comunista Chinês sob acusação de corrupção após a pressão pública surgida com o envolvimento de sua mulher no assassinato de um empresário inglês; e Wang Zhen, herói militar cujos filhos ajudaram a criar algumas das maiores companhias estatais chinesas. Em comum entre os oito, o fato de terem sido, junto com suas famílias, os maiores beneficiados pelas reformas ocorridas nas últimas décadas; e de terem em seus descendentes pessoas com gosto pela educação no exterior e pela iniciativa privada.

De acordo com os dados obtidos pela Bloomberg, pelo menos 30 representantes dos clãs estudaram nos Estados Unidos ou na Europa, 11 deles em instituições de elite, como as universidades de Harvard e Stanford. Da mesma forma, 34 moraram, trabalharam ou compraram propriedades nos EUA, enquanto 43 se tornaram executivos em negócios privados. Para o professor Joseph Fewsmith, da Universidade de Boston, os EUA foram um porto seguro para os que foram perseguidos durante os anos da Revolução Cultural (1966-1976):

— O coelho esperto tem três tocas — diz Fewsmith, estudioso da elite chinesa, citando um provérbio do país. — Eles podem diversificar seus ativos, obter educação de qualidade e garantir uma terceira saída caso tudo dê errado. Leia MAIS

2 comentários:

Anônimo disse...

Não tem que expor uma coisa dessas... TEM QUE ESCANCARAR!!!

Anônimo disse...

mas ta na capa da gaita esse china ai da foto, hein?

ele que fique com as mordomias dele que eu fico com a minha saúde!