Depois se queixam que os jornais impressos estão se acabando. Claro, a persistirem na publicação de histórias da carochinha a tendência é desaparecerem.
Este artigo de Olavo de Carvalho vocês devem ler:
Uma das experiências mais perturbadoras que tive na
vida foi a de perceber, de novo e de novo ao longo dos anos, o quanto é
impossível falar ao coração, à consciência profunda de indivíduos que
trocaram sua personalidade genuína por um estereótipo grupal ou
ideológico.
Diga você o que disser, mostre-lhes mesmo as
realidades mais óbvias e gritantes, nada os toca. Só enxergam o que
querem. Perderam a flexibilidade da inteligência. Trocaram-na por um
sistema fixo de emoções repetitivas, acionadas por um reflexo insano de
autodefesa grupal.
No começo não é bem uma troca. O estereótipo é adotado como um revestimento, um sinal de identidade, uma senha que facilita a integração do sujeito num grupo social e, libertando-o do seu isolamento, faz com que ele se sinta até mais humano. Depois a progressiva identificação com os valores e objetivos do grupo vai substituindo as percepções diretas e os sentimentos originários por uma imitação esquemática das condutas e trejeitos mentais do grupo, até que a individualidade concreta, com todo o seu mistério irredutível, desapareça sob a máscara da identidade coletiva.
Essa transformação torna-se praticamente inevitável
quando a unidade do grupo tem uma forte base emocional, como acontece em
todos os movimentos fundados num sentimento de "exclusão",
"discriminação" e similares.
Não me refiro, é claro, aos casos efetivos de
perseguição política, racial ou religiosa. A simples reação a um estado
de coisas objetivamente perigoso não implica nenhuma deformação da
personalidade. Ao contrário: quanto mais exageradas e irrealistas são as
queixas grupais, tanto mais facilmente elas fornecem ao militante um
"Ersatz" de identidade pessoal, precisamente porque não têm outra
substância exceto a ênfase mesma do discurso que as veicula.
À dessensibilização da consciência profunda
corresponde, em contrapartida, uma hipersensibilização de superfície,
uma suscetibilidade postiça, uma predisposição a sentir-se ofendido ou
ameaçado por qualquer coisinha que se oponha à vontade do grupo.
No curso desse processo, é inevitável que o
amortecimento da consciência individual traga consigo o decréscimo da
inteligência intuitiva. As capacidades intelectuais menores, puramente
instrumentais, como o raciocínio lógico verbal ou matemático, podem
permanecer intactas, mas o núcleo vivo da inteligência, que é a
capacidade de apreender num relance o sentido da experiência direta, sai
completamente arruinada, às vezes para sempre.
A partir daí, qualquer tentativa de apelar ao
testemunho interior dessas pessoas está condenada ao fracasso. A
experiência que elas têm das situações vividas tornou-se opaca,
encoberta sob densas camadas de interpretações artificiais cujo poder de
expressar as paixões grupais serve como um sucedâneo, hipnoticamente
convincente, da percepção direta.
O indivíduo "sente" que está expressando a realidade
direta quando seu discurso coincide com as emoções padronizadas do
grupo, com os desejos, temores, preconceitos e ódios que constituem o
ponto de intersecção, o lugar geométrico da unidade grupal.
O mais cruel de tudo é que, como esse processo acompanha "pari passu" o progresso do indivíduo no domínio da linguagem grupal, são justamente os mais lesados na sua inteligência intuitiva que acabam se destacando aos olhos de seus pares e se tornando os líderes do grupo.
O mais cruel de tudo é que, como esse processo acompanha "pari passu" o progresso do indivíduo no domínio da linguagem grupal, são justamente os mais lesados na sua inteligência intuitiva que acabam se destacando aos olhos de seus pares e se tornando os líderes do grupo.
Um grau elevado de imbecilidade moral coincide aí com
a perfeita representatividade que faz do indivíduo o porta-voz por
excelência dos interesses do grupo e, na mesma medida, o reveste de uma
aura de qualidades morais e intelectuais perfeitamente fictícias.
Não conheço um só líder esquerdista, petista,
gayzista, africanista ou feminista que não corresponda ponto por ponto a
essa descrição, que corresponde por sua vez ao quadro clássico da
histeria.
O histérico não sente o que percebe, mas o que
imagina. Quando o orador gayzista aponta a presença de cento e poucos
homossexuais entre cinquenta mil vítimas de homicídios como prova de que
há uma epidemia de violência anti-gay no Brasil, é evidente que o seu
senso natural das proporções foi substituído pelo hiperbolismo retórico
do discurso grupal que, no teatro da sua mente, vale como reação genuína
à experiência direta.
Quando a esposa americana, armada de instrumentos
legais para destruir a vida do marido em cinco minutos, continua se
queixando de discriminação da mulher, ela evidentemente não sente a sua
situação real, mas o drama imaginário consagrado pelo discurso
feminista.
Quando o presidente mais mimado e blindado da nossa
História choraminga que levou mais chicotadas do que Jesus Cristo, ele
literalmente não se enxerga: enxerga um personagem de fantasia criado
pela propaganda partidária, e acredita que esse personagem é ele. Todas
essas pessoas são histéricas no sentido mais exato e técnico do termo. E
se não sentem nem a realidade da sua situação pessoal imediata, como
poderiam ser sensíveis ao apelo de uma verdade que não chega a eles por
via direta, e sim pelas palavras de alguém que temem, que odeiam, e que
só conseguem enxergar como um inimigo a ser destruído?
A raiz de todo diálogo é a desenvoltura da imaginação
que transita livremente entre perspectivas opostas, como a de um
espectador de teatro que sente, como se fossem suas, as emoções de cada
um dos personagens em conflito. Essa é também a base do amor ao próximo e
de toda convivência civilizada.
A presença de um grande número de histéricos nos
altos postos de uma sociedade é garantia de deterioração de todas as
relações humanas, de proliferação incontrolável da mentira, da
desonestidade e do crime.
7 comentários:
O QUE EXISTE LÁ EM CIMA É A SOMATORIA DO QUE EXISTE CÁ EM BAIXO!
NADA +, NADA -.
Pessoas de um partido materialista e ateu provenientes de quem se embasa em ideias como do satanista Marx, que diz “nada há de absoluto definitivo e sagrado” e que admiram, senão idolatram Stálin, Lênin, Fidel Castro, Mao etc., e têem em mente e agem sob “todos os meios justificam os fins”, tudo se pode esperar.
E para piorar, ainda perseguem o cristianismo de forma radical, tentando extirpar de todos sua credibilidade e ao mesmo tempo instruem em ideologias socialistas vazias as pessoas e instalam o ateísmo, com ajuda dos mesmos pelas urnas, e que já estariam subvertidos e alienados.
O pior é que muitos falsos cristãos, especialmente católicos ainda votam nesses caras e crêem em sua palavras, ensejando acreditarem no diabo.
Por tal prática seriam mesmo devotos é de Judas Iscariotes...
Nada +, nada -;
Olavo, como sempre, perfeito! Na mosca!
E a imprensa vagabunda ignora solenemente esse pensador.
É uma descrição perfeita do que está a acontecer.
Olavo de Carvalho é lúcido, lógico, objetivo.
Artigo excelente.
mj
lí esse texto e posso afirmar que nunca constatei uma verdade de fato como essa. Aqui no interior da Bahia o ensino é dominado por esses tipos de pessoas, todas histéricas, histéricas mesmo no sentido em que Olavo deu o termo. São petistas propagando para o aluno o valor da pedofilia, do homosexualismo, feminismo e outros ismos de maneira criminosa aproveitando a ingenuidade dos pais que são tão desinformados quantos os filhos. O PT joga nossa decência na lama, nunca ví tanta amoralidade em minha vida.
Você abredita agre acre dita no Bilho Filho Milho de Batátalia Natália pra rebolber revolver e rezolver os Broblebas Problemas?
Ateus declaram 'guerra ao Natal' nos EUA.
Celebrate Solstice. The Reason For The Season - Bary Bristibas Marry Cristmas or Maryrose Rose Mary?
Grupos de ateus estão se mobilizando para impedir decoração natalina em locais públicos nos Estados Unidos, em um movimento batizado por jornais americanos de "Guerra ao Natal".
Os ateus formam um grupo pequeno no país - em que 73% da população é cristã -, mas que tem crescido ao longo dos últimos anos. Segundo dados de 2012 do Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, 2,4% dos americanos são ateus - em 2007 eram 1,6%.
Mesmo sendo minoria, eles têm conseguido vitórias importantes em tribunais americanos - e é na época do Natal que a briga entre religiosos e secularistas fica mais feroz, com cada um deles querendo marcar presença nas propriedades públicas.
Em novembro, uma juíza de Santa Mônica, comunidade costeira de 90 mil habitantes próxima a Los Angeles, na Califórnia, proibiu toda e qualquer manifestação natalina em um parque da cidade, quebrando uma tradição de mais de 60 anos.
Desde 2009 até este ano, qualquer grupo podia montar a apresentação que quisesse no gramado do fórum.
Mas as exposições dos grupos ateístas começaram a ser consideradas pela comunidade como muito ofensivas, pois supostamente debochavam das religiões ao promover "entidades" como a Igreja do Monstro do Espagueti Voador ou exibir um esqueleto vestido de Papai Noel preso a uma cruz.
Leia mais na BBCBrasil.
Os comunistas no Brasil e mesmo em varios países têem crescido graças a votos de muitos católicos de fachada, uns fariseus, e mesmo de outros grupos de cristãos todos uns alienados; muitos desses quando na hora de morte, se tiverem tempo ainda mandarão chamar o padre para se confessarem.
Na vida inteira cultivaram o paganismo e na hora da morte querem a Deus...
Parecendo-se com Chávez beijando crucifixo e muitos ateus indo até às igrejas para rezarem.
Seria a aplicação: TODOS OS MEIOS JUSTIFICAM OS FINS?
Se não é, parece...
O.C. é simplesmente um gênio!!!
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