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sexta-feira, janeiro 17, 2014

ROLEZINHO E MISTIFICAÇÕES BARATAS. OU: JORNALISTAS TÊM DE PARAR DE CUSPIR NO PRATO EM QUE COMEM.

A coluna de Reinaldo Azevedo na Folha de S. Paulo desta sexta-feira salva o jornal. O resto é militância comunista, a começar pelo editorial que é absurdo e mostra do que é capaz a ditadura do pensamento politicamente correto.
O título original da excelente coluna de Reinaldo é "Rolezinho e mistificações baratas". Transcrevo na íntegra:

Setores da imprensa e alguns subintelectuais, com ignorância alastrante, tentaram ver o "rolezinho" como manifestação da luta de classes. Os shoppings, chamados de "templos de consumo" por bocós dos clichês superlativos, seriam a expressão mais evidente e crua do "fetichismo da mercadoria", uma estrovenga que "sedizentes" marxistas não conseguem definir sem engrolar incongruências e abstrações inanes. Deu errado. Boa parte dos shoppings está nas periferias e é frequentada por pobres. Quando a luta de classes falha, é o caso de convocar a guerra racial.
Mais uma vez, a PM é vista como algoz, e "jovens pobres, negros e da periferia", como arautos de um novo tempo. Os deserdados da "modernização conservadora" teriam decidido invadir o espaço privado do capitalismo excludente: o shopping! Quanto besteirol, Santo Deus!
O "rolezinho", na sua atual configuração, é uma criação da imprensa. Os "brancos da nossa classe" fazem "flash mobs". Já os pobres negros, vistos com curiosidade antropológica, fazem "rolezinhos", que são exaltados em nome da diversidade. O pobrismo racialista é a mais vistosa manifestação de vigarice intelectual do jornalismo e da academia. Esse olhar que supostamente defende os "excluídos" acaba por confiná-los num gueto conceitual, numa jaula de boa-consciência.
Jovens que aderem a eventos por intermédio do Facebook não são excluídos sociais, mas incluídos da cultura digital, que já é pós-shopping, pós-mercadoria física e pós-racial. O que mais se troca nas redes sociais são bens simbólicos, são valores, que definem tribos e grupos com pautas cada vez mais específicas.
Está em curso, entre pobres e ricos, brancos e negros, uma espécie de fetichização, sim, mas é a da vontade. Cada um desses nichos de opinião considera que tem o direito de impor a sua pauta ou seus hábitos ao conjunto da sociedade --se necessário, pela força. Os que fazem "rolezinhos" não estão cobrando mais democracia, como quer a esquerda rosa-chique. Eles manifestam, na prática, é desprezo pela cultura democrática. E são bem-sucedidos. Fernando Haddad os chamou para uma reunião na prefeitura. A ministra Luiza Bairros lhes atribui uma agenda libertadora. Imposturas!
Não se percebia, originalmente, nenhuma motivação de classe ou de "raça" nessas manifestações. Agora, sim, grupos de esquerda, os tais "movimentos sociais" e os petistas estão tentando tomar as rédeas do que pretendem transformar em protesto de caráter político. Se há, hoje, espaços de fato públicos, são os shoppings. As praças de alimentação, por exemplo, são verdadeiras ágoras da boa e saudável democratização do consumo e dos serviços. Lá estão pobres, ricos, remediados, brancos, pretos, pardos, jovens, velhos, crianças... Lula, que é Apedeuta, mas não burro, jamais hostilizou essa conquista dos ex-excluídos. Só o cretinismo subintelectual cai nessa conversa.
Ocorre que o jornalismo e a academia são reféns morais das ideias mortas que oprimem o cérebro dos vivos. Continuam na expectativa da grande virada de mesa, uma ilusão redentora que só sobreviveu na América Latina. Se os participantes dos "rolezinhos" fossem rebeldes políticos, ainda que primitivos, o seu papel seria o de uma protovanguarda revolucionária à espera do Lênin dos shoppings.
Para encerrar, uma curiosidade: por que jornalistas se referem a frequentadores habituais de shoppings como "gente de bem", assim, entre aspas, como se quisessem sugerir que eles, na verdade, são do mal? O que há de errado, coleguinhas, com aquela gente? Ela assina os jornais e revistas que fazemos, lê as coisas que escrevemos nos portais, sites e blogs e, na prática, paga os nossos salários. Quando menos, parem de cuspir no prato em que comem. Aquela gente de bem, sem aspas, é inocente. Do jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira

16 comentários:

Paulo disse...

POR OUTRO LADO, ACHO QUE ESSES ROLEZINHOS PODERIAM SER UM TIRO NO PÉ DO PT...
Pelo fato que as classes media/pobre em especial tinham nos shoppings um oásis de relativa tranquilidade para compras e, a falta de uma pronta repressão do governo, é um indicio que a luta de classes dos comunistas do PT sempre atacaria em alguma lugar, e a bola da vez seria agora os shoppings...
E todos sabem que desde o advento do PT a violência só tem aumentado e já deveria ter interferido, condenando e mandando reprimir tais iniciativas.
Mas...

Paulo disse...

Isso é que é jornalista, não redator de texto pré compilado e apenas adaptá-lo ao modos de comunicação atuais, gente sem nada para dizer, relatando apenas o que manda a ideologia.
O Rei é de sua equipe, longe dos bem pagos jornaleiros para dizerem apenas o que convém ao patrão...

Sérgio Alves de Oliveira disse...

Caro Amorim: A observação que VªSª faz antes do brilhante texto do Reinaldo Azevedo comprova minha conclusão que tudo no Brasil é um "faz-de-conta". A "grande mídia" bota seus mais ferozes e preparados "cachorrões" a morder a bunda do governo a fim de que ele fique precisando dessa mesma mídia p/se defender e mostrar serviço,tudo generosamente pago,claro.

Anônimo disse...

ja falei isso la no RA e falo aqui...

as pessoas da periferia são os novos índios dos intelectuais bananeiros...

eles exaltam essa miséria cultural dos tais rolezinhos como algo legitimo, não permitindo que valores mais civilizados e claramente mais elevados sejam levados a essas pessoas, pois elas teriam que permanecer no seu "estado natural", bruto, quase selvagem, assim como querem que os índios permaneçam...

os intelectuais de merda dessepaiz tratam a periferia como um zoológico, como um lugar de experimentos sociológicos onde os bons valores não podem ser transmitidos para quem la vive...

eh quase um crime propor que valores mais relevantes sejam levados ate essas pessoas...

acreditam que a boa educação ou uma musica de melhor qualidade "contaminaria" os valores, que eles consideram, serem naturais de quem vive nas periferias...

curioso eh que no pais governado por gente que se diz socialista, a palavra de ordem eh apenas uma so: CONSUMO!

os rolezinhos não clamam por consumir cultura...

mas apenas bens materiais!

só mesmo nessepaiz um governo socialista fomenta valores capitalistas e consumistas para se manter no poder e....consegue seu intento!!!!

sou da teoria do RA de que o que falta nessepaiz não são presídios, mas hospícios!

HD disse...

Só uma pergunta sobre os Rolezinhos: Qual o delito que grupos de pessoas cometem ao se reunirem em algum lugar público?

Anônimo disse...

o HD parece ser o legitimo representante da esquerda abobalhada...

aquela que finge não entender o que já foi explicado inúmeras vezes e faz perguntas que não são pertinentes as repostas...

esse eh o grande legado do lulopetismo ao pais, o relativismo debochado, onde as pessoas fingem não saber mais o que eh o certo e o errado...

Anônimo disse...

Seria o HD lesados das ideias? Ainda não sabe que esses FDP fazem arrastões em Shopping? E ainda se diz professor...Afff!

HD disse...

A verdade é uma só: As pessoas tem medo do novo, do diferente, de tudo aquilo que não faz parte da rotina do dia a dia. Isso vale para tudo e é isso que diferencia o empreendedor das pessoas normais. O empreendedor olha para o novo sempre com a visão de incrementar os negócios, enquanto que as pessoas normais olham para o novo sempre com a visão de que o novo lhe tira o estado de conforto.
Isso tudo vale para os rolezinhos. Se eu estivesse lá eu iria vender picolé para esse pessoal e faturar uma boa grana em cima de um monte de potenciais clientes juntos!!!

Anônimo disse...

Caro Aluizio
Convide os "jovens" do rolezinho para fazer um rolê na sua casa e venda picolés pra eles e convide tb os Sem Teto para fazer um rolezão. Penso que vai adorar.
Esther

Anônimo disse...

Só posso chamar o Reinaldo de Magnânimo.É isso aí,sem tirar nem por.Invadir o Shopping Itaquera em nome de luta de classes?Me ajuda aí,ô.Frequento os Shoppings da periferia e vejo o quanto é um espaço bom para jovens,famílias e idosos poderem passear,mesmo gastando o mínimo com um cafezinho e um pãozinho de queijo.Os Shoppings são espaços de inclusão social e jamais de exclusão.Acho que a imbecilidade está dominando em nosso brasilzão.

Anônimo disse...

HD, realmente vc tem razão.O empreendedor vê mais longe e é por isso que muitas empresas brasileiras já se instalaram no Paraguai,China e em outros países.

JUJU disse...

Vou desenhar para o HD a sua "íssstorinha de vender picolé" para os rolezinhos:
Vc não iria faturar nada! Simplesmente porque os rolezinhos iriam levar TODOS os picolés. SEM direito a reclamação para não levar uns tapas e ficar sem o carrinho. Sacou?
Desenhando de novo: uma coisa é um encontro de jovens, uns 5,8 ou até uns 15 para comprar o seu picolé. Outra bem diferente é chegar um bando de 50,90,150 e até mais de 300 para levar o seu picolé "de grátis". Entendeu?

Anônimo disse...

se estivessa lá Hd babaca, furtariam seus picolés.
todo mundo pode entrar em qualquer lugar desde que tenha educação, simples assim.

Maquiavel P da Vida disse...

Que bom ler Reinaldo matando a pau!
Aluizio disseminando cultura conservadora e criticando esquerdistas!
Felipe já incomodando!
Constantino chacoalhando a esquerda caviar!
Lobão detonando!
Pondé desmistificando!
Luciano Ayan desmascarando!
Veja desmascarando!
Olavo esculachando e humilhando!

Me perdoem os outros não citados. Fiquei só com os mais conhecidos e populares, até para não entregar o ouro aos bandidos.


Isso é prova que nem tudo está perdido na República das bananas.
Ainda existe uma resistência ativa que impede essa corja oculta sob o manto da democracia, de dar o golpe fatal para instituir a ditadura socialista.

Anônimo disse...

Teria vergonha de falar que para bancar o luxo da minha filha ( veja 19/01) estou adiando a compra de um apartamento . É só olhar o local onde ela habita ... E com um iPhone 5 nas mãos .

Anônimo disse...

Puxa! Eu não sabia que na zona Leste de Sampa os shoppings só podem ser frequentados por ricos.Eu que sou pobre,quando estava na casa de meus pais ia fazer compras ou levava minha filhota no McDonalds lá na estação Tatuapé,e nenhum segurança me impediu de entrar ou me informou que pobre não entra.Quer saber de uma coisa Aluísio? Esses esquerdopatas nem conhecem a zona Leste de SP!São iguais essa anta que está prefeito de SP.